Tilápia do Nilo.

A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, introduzido no Brasil
desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante
da aquicultura nacional.
Os atributos que tornam a Tilápia-do-Nilo tão adequada para a piscicultura
são a resistência contra condições adversas durante o cultivo,
a facilidade de reprodução, a rápida taxa de crescimento e a alta qualidade
da carne, que permite a obtenção de fi lés brancos, de sabor
suave e sem espinhos. Outras vantagens são a alta capacidade de
aproveitar o alimento natural (plâncton), o que permite a obtenção
de bons resultados durante a criação.
O conhecimento sobre as técnicas de reprodução e larvicultura
são de extrema importância para o piscicultor interessado nesta
atividade, já que a tilápia é um peixe de maturidade sexual precoce
e de alta fecundidade.

Existem 77 espécies de tilápia. Destas, 22 são utilizadas comercialmente.
A mais cultivada no Brasil e no mundo é a Tilápia-do-Nilo. Há diversas
variedades desta espécie que são decorrentes de programas
de melhoramento genético. Para saber trabalhar a reprodução desta
espécie, inicialmente é necessário conhecer sua biologia reprodutiva.

Sexagem macho e fêmea de tilápia.

Biologia reprodutiva.

As tilápias são peixes que se reproduzem naturalmente durante
todo o ano, desde que existam condições adequadas. As fêmeas
atingem a maturação sexual com 3 a 4 meses de vida, pesando
no mínimo 100 g e podem chegar a desovar a cada 30 dias. Para

desovar, necessitam de uma temperatura da água acima de 21ºC,
sendo que a temperatura ideal se encontra na faixa de 27 a 29ºC, e
produzem de 500 a 2.000 ovos por desova. Na natureza, a reprodução
ocorre da seguinte maneira:


• Construção do ninho pelo macho


O macho faz a escavação e a limpeza do ninho com a boca (aproximadamente
30 a 40 cm de diâmetro e 8 cm de profundidade).

Cortejo com a fêmea.

O macho atrai a fêmea para o ninho (atração por feromônio).

Desova e fecundação.

O macho faz a indução da desova através de empurrões com a
boca. Imediatamente após a soltura, o macho fecunda os ovócitos
com o sêmen.

Coleta de ovos pela fêmea.

A fêmea recolhe os ovos com a boca e os limpa, liberando-os e recolhendo-
os novamente.

Incubação.

A fêmea incuba os ovos na boca por 3 a 5 dias, a depender da
temperatura.

Cuidado parental.

Após a eclosão dos ovos, as larvas se escondem na boca da mãe mediante
perigo por um período de 5 a 7 dias.

Todo o crédito ao SENAR.

Presidente do Conselho Deliberativo
João Martins da Silva Junior
Entidades Integrantes do Conselho Deliberativo
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA
Confederação dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Ministério da Educação – MEC
Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB
Confederação Nacional da Indústria – CNI
Diretor Geral
Daniel Klüppel Carrara
Diretora de Educação Profissional e Promoção Social
Andréa Barbosa Alves.

REFERÊNCIAS:

BHUJEL, Ram C. A review of strategies for the management of Nile
tilapia (Oreochromis niloticus) broodfish in seed production systems,
especially happa-based systems. Aquaculture, v. 181, n. 1,
p. 37-59, 2000.
KUBITZA, F. Tilápia: Tecnologia e planejamento na produção
comercial. F. Kubitza, 2011. 316 p.
MARENGONI, N. G.; WILD, M. B. Sistemas de produção de pós-
-larvas de tilápia do Nilo. Cientia Agraria Paranaensis. v. 13, n. 4,
p.265-276, 2014.
SANTOS, A. A. Reversão sexual de tilápias GIFT criadas em hapas
e submetidas a diferentes taxas de alimentação em alta
frequência. Botucatu. 2015. Dissertação (Mestrado em Zootecnia).
Universidade Estadual Paulista. Botucatu. 2015.